Por ti, só por você
Os olhos umedecem.
As tuas palavras, verdadeiras,
Marcam e não esquecem.
Tens o jeito da poesia:
Fantasias puras, mas reais.
São sentimentos de alegria
São constrangimentos de carnavais.
Sabes que devido à formosura
Faz-se morena, de pele amena
E luta para fugir das garras escuras,
Só conseguindo aliando-se a outro problema.
Eu sei que tudo é cheio de intenções puras,
Mas os dedos do poemático,
Que te escreve, portanto te ama,
De brancos se tornam apáticos,
Pois sabem também fazer dramas.
Em desespero marretam a casca,
Na poesia cavam vários poços,
Mas é difícil sequer uma lasca
Ser tirada em tamanhos esforços.
Teu jardim é maravilhoso!
Nele pode-se brincar, apostar corrida,
Nele faz-se até jogo perigoso,
Nele há chorões e margaridas.
Mas o menino que se diverte,
O poeta que rabisca, e rabisca,
Prefere o teu íntimo, inerte.
E a isso petisca.
Não se contenta em ser um jardineiro
Deseja cuidar também das raízes das plantas.
Quer se enroscar num emaranhado, faceiro,
Pois, senão, todo o resto, de nada adianta.
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