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  • Foto do escritorghackmann

ACASO

Oh, Ternura dos acasos!

Como podes tramar assim?

Pouco caso fazes de mim e

De teu trono explodes em risos.

Mas, mendigava eu tão menos

E deste-me duas sílabas!

Duas gotas de veneno

Que, se não matam, ficam nas

Mentes, no peito, na garganta

E elas são tantas

Que me bastam e

São todo meu sustento.

Querendo, leva-me ao teu trono

Já realizei todo meu intento.

Mas, bem que um teu abandono

Seria para mim a busca de mais

De tudo que não ouvi,

De frases que não colhi,

E que, ó acaso, preciso demais.


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