Resenha
- ghackmann

- 18 de out.
- 2 min de leitura

Comecei a ler O Último Trem para Londres por sugestão de minha mentoria. O livro se passa nos anos que antecederam a 2a guerra mundial e na mesma época da ficção histórica sobre a vila operária de Carioba, que estou escrevendo.
Como um bom romance histórico, a autora Meg Clayton nos coloca na paixão pelos personagens, nos faz torcer e sofrer por eles em meio aos acontecimentos de tensão, luta e absurdos que ocorreram na história mundial. Você sabe que os judeus foram perseguidos, assassinados e roubados pelos nazistas. Mas, se afeiçoar a um personagem e vê-lo passar por essas atrocidades, traz o despertar de sentir a injustiça, a revolta, não só pelo conhecimento histórico, mas por viver uma experiência de emoções aflitivas.
O livro conta a história da heroína Tante Truus, uma holandesa que arriscou a própria vida para salvar milhares de crianças do domínio nazista alemão. A história verdadeira da personagem histórica, tendo que negociar, frente a frente, com o temível Adolf Eichmann, o resgate de crianças; seus problemas em passar pela fronteira alemã com crianças escondidas sob sua saia; seus dramas com a perda de crianças para doenças se entrelaçam com a personagem fictícia que sofre com seu marido por não ter filhos e dedicar sua vida a salvar os filhos de tantas mães desesperadas.
O Último Trem para Londres é um romance que toca o coração, alerta a razão e grita para lembrar que, embora o amor e a esperança sempre vençam, o preço é de muita dor.
Nestes tempos em que os homens piscam para as teorias autoritárias e para várias formas de segregação humana, a leitura do livro nos mostra como dói uma vida ser interrompida pela maldade, como desalenta a alma saber que famílias foram separadas pelo ódio de muitos, como caímos no vazio ao ficarmos sem respostas sobre o que aconteceu com essa ou aquela vida preciosa.
O livro traz, para mim, uma mensagem dolorosa: o que acontece quando pessoas boas enfrentam o mal. Mas, mais que isso, por que pessoas boas passam a praticar o mal e sentem que estão fazendo o bem?
Leia.
O Último Trem para Londres
Meg Waite Clayton
Harper Collins



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